Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas: Entenda o conceito e a importância para sua lavoura

Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas

A tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas desempenha um papel central na agricultura ao proporcionar técnicas e ferramentas para melhorar a eficiência no manejo das lavouras. 

Esse conceito vai além da simples proteção contra pragas e doenças, e abrange também aspectos econômicos e ambientais que impactam diretamente a sustentabilidade do setor.

Compreender mais sobre o tema é um excelente caminho para aproveitar todo o potencial dos defensivos, otimizar recursos e alcançar melhores resultados. 

Por isso, neste artigo, vamos compartilhar com você detalhes e informações essenciais sobre a tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas.

Aproveite para conhecer melhor os equipamentos mais utilizados,  os fatores que influenciam o sucesso dessa prática e boas práticas de aplicação de defensivos. 

Tecnologia de aplicação: por dentro do conceito

O termo tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas engloba um conjunto de práticas e conhecimentos científicos que visam um objetivo bastante simples: assegurar que o defensivo atinja seu alvo com precisão e com o menor desperdício possível. 

Para atingir este objetivo, é necessário utilizar técnicas e equipamentos adequados, visando a eficácia do controle fitossanitário.

Ao contrário do que muitos pensam, a tecnologia de aplicação vai além do simples ato de pulverizar um defensivo. Entram no contexto outros fatores como:

  1. O tipo de defensivo a ser utilizado;
  2. As condições climáticas;
  3. Alvo biológico.

Vale destacar que o conceito também integra o uso de adjuvantes, que auxiliam na proteção e direcionamento das gotas pulverizadas, minimizando a deriva e a evaporação. Dessa forma, as gotas alcançam o local certo, proporcionando mais eficácia no controle de pragas e doenças.

Qual a diferença entre aplicação e pulverização

A pulverização nada mais é que a conversão de uma solução líquida em gotas, que são direcionadas e aplicadas sobre o alvo. 

Já a aplicação é um processo mais amplo. Dentro dele está englobada a pulverização, mas com o objetivo específico de posicionar as gotas no local certo, com a densidade e o tamanho adequados.

Ou seja, enquanto a pulverização foca no aspecto mecânico, a aplicação considera também os fatores ambientais, o tipo de defensivo e as características do alvo, como folhas ou solo. 

Qual a importância da tecnologia de aplicação em defensivos agrícolas?

A tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas contribui diretamente para a eficiência no controle de pragas e doenças nas lavouras.

 Com técnicas e processos adequados, ela garante que o defensivo atinja o alvo de maneira precisa, minimizando desperdícios e perdas. Esse controle permite o uso otimizado dos insumos, reduzindo custos operacionais e melhorando os resultados na produção agrícola.

Além disso, a tecnologia de aplicação reduz os riscos de contaminação ambiental, que tem potencial para gerar impactos financeiros ao produtor, como multas e custos com recuperação ambiental. 

Ao utilizar tecnologias de aplicação adequadas, é possível evitar esses danos, promovendo práticas agrícolas mais responsáveis e sustentáveis.

Outro ponto relevante é o impacto econômico positivo gerado por uma aplicação bem executada. A uniformidade na proteção das plantas elimina a necessidade de reaplicações e melhora o retorno financeiro do produtor. Com menos desperdício e maior eficiência, a tecnologia de aplicação favorece a competitividade no setor agrícola.

Por fim, ela colabora para a segurança alimentar e a valorização da produção. Aplicações adequadas evitam o acúmulo de resíduos químicos nos alimentos, atendendo às normas de mercados nacionais e internacionais. Isso fortalece a reputação do agricultor e amplia as oportunidades de comercialização da produção.

Quais equipamentos são utilizados na aplicação de defensivos agrícolas?

Confira a seguir os principais equipamentos utilizados na tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas. 

1. Pulverizadores Costais

Manuais: Operados pelo próprio agricultor que bombeia o líquido enquanto caminha pela lavoura. São ideais para pequenas áreas.

Motorizados: Possuem um motor à combustão ou elétrico que bombeia o líquido, exigindo menos esforço físico. Usados em áreas de médio porte ou em locais de difícil acesso para máquinas maiores.

2. Pulverizadores de Barra

Autopropelidos: Máquinas motorizadas próprias para pulverização de grandes áreas, com barras que podem ter até 36 metros de largura. Possuem alta capacidade operacional e tecnologias de precisão, como controle de seção e taxa variável.

De arrasto ou tracionados: São rebocados por tratores e possuem barras extensíveis. São mais econômicos que os autopropelidos, mas exigem o uso de um trator.

Montados (acoplados): Acoplados na parte traseira do trator. São menores que os de arrasto e têm menor capacidade de tanque, mas são econômicos e eficientes para áreas menores.

3. Pulverizadores Aéreos

Aviões agrícolas: Realizam a aplicação aérea de defensivos em grandes áreas, especialmente em culturas como soja, milho e cana-de-açúcar. São ágeis e capazes de cobrir grandes áreas rapidamente.

Drones agrícolas: Utilizados para áreas menores ou para aplicações pontuais, como controle de pragas localizadas. Possuem alta precisão e reduzem o impacto ambiental.

4. Nebulizadores e Fumigadores

Termonebulizadores: Produzem uma névoa densa e quente para a aplicação de defensivos em locais fechados, como estufas.

Fumigadores: Utilizados para tratar ambientes fechados, como silos e armazéns de grãos. Eles espalham substâncias químicas em forma de gás.

5. Pulverizadores Portáteis

Atomizadores: Portáteis ou costais, produzem uma névoa de partículas finas e são usados principalmente no controle de pragas em pequenas culturas, estufas e pomares.

Pulverizadores pressurizados: Pequenos tanques manuais que utilizam pressão acumulada por bombeamento para liberar o defensivo. Comuns em hortas e jardins.

6. Pulverizadores Eletrostáticos

Utilizam uma carga elétrica para carregar as gotas do defensivo, o que aumenta a adesão nas plantas. Isso garante uma aplicação mais eficiente e uniforme, com menor desperdício de produto.

Quais fatores impactam o uso de tecnologias de aplicação

O uso eficaz de tecnologias de aplicação de defensivos agrícolas depende de diversos fatores que influenciam tanto a eficiência quanto a segurança da operação:

  1. Condições climáticas;
  2. Características dos equipamentos;
  3. Composição da calda;
  4. Nível de capacitação dos operadores envolvidos.

As condições climáticas presentes no dia da aplicação têm grande impacto nos resultados. Altas temperaturas podem acelerar a evaporação das gotas, diminuindo a quantidade de defensivo que atinge o alvo. Ventos fortes aumentam o risco de deriva, levando o produto para fora da área desejada e causando contaminação ambiental. 

Por isso, é importante monitorar o clima antes da aplicação. Temperaturas abaixo de 30°C, umidade relativa acima de 50% e ventos entre 3 e 10 km/h são ideais para ter mais eficiência de aplicação e evitar perdas.

Outro fator relevante é a escolha e a regulagem dos equipamentos de pulverização. Fique atento ao estado de conservação dos bicos pulverizadores para evitar o uso de peças desgastadas ou que não sejam adequados ao tipo de defensivo. 

Dessa forma, é possível evitar desperdícios e falhas na proteção, além de garantir a uniformidade da aplicação.

Leve em consideração que o tamanho das gotas geradas pelos bicos deve ser ajustado para o objetivo da aplicação

Gotas menores são ideais para alvos de difícil penetração, mas são mais suscetíveis à deriva. Por outro lado, gotas maiores garantem maior deposição em superfícies amplas, mas apresentam maior risco de escorrimento.

Além disso, a composição da calda e o uso de adjuvantes – que melhoram a aderência das gotas, diminuem a evaporação e reduzem a tensão superficial –  são aspectos importantes para potencializar a eficiência do defensivo. 

Por fim, o treinamento do operador é essencial. Um trabalhador capacitado sabe identificar o momento ideal para a aplicação, tem conhecimento para ajustar o equipamento e sabe como lidar com os desafios ambientais, garantindo que o processo seja realizado com segurança e eficácia.

5 boas práticas na aplicação de defensivos agrícolas

Faça uma seleção atenta dos equipamentos

Escolher o equipamento correto parece algo simples, mas é um aspecto fundamental. Nunca se esqueça que pulverizadores inadequados comprometem a cobertura e a eficiência do defensivo e também podem gerar desperdícios e contaminações

A seleção das ferramentas também precisa ser feita com base no porte da cultura. Em lavouras grandes, vale a pena considerar o uso de atomizadores e pulverizadores com assistência de ar. Para áreas menores, os modelos costais podem ser mais práticos e econômicos. 

Não dispense a utilização de EPIs

A segurança do aplicador deve ser prioridade. Equipamentos como luvas, respiradores e jalecos hidro-repelentes são indispensáveis para proteger contra a exposição aos produtos químicos.

Mapeie os processos e faça os cálculos do volume de aplicação

Antes de iniciar a aplicação, é necessário planejar cuidadosamente os volumes e frequências de aplicação. Esse mapeamento evita desperdícios e garante a dosagem adequada do defensivo.

Utilize tabelas e cálculos para determinar o volume correto de calda e a vazão dos bicos, considerando o tipo de cultura e as condições da lavoura.

Não desconsidere os fatores climáticos

As condições do clima são determinantes no sucesso da aplicação. Prefira horários com umidade relativa acima de 50% e ventos leves, para minimizar perdas por evaporação e deriva.

Acompanhe também a previsão do tempo para evitar aplicações durante períodos de chuva ou calor excessivo, que podem comprometer os resultados.

Realize a manutenção periódica dos equipamentos

Manter os pulverizadores em perfeitas condições é essencial para evitar falhas durante a aplicação. A manutenção periódica deve incluir a limpeza de bicos, filtros e tanques, além da inspeção de mangueiras, bombas e outros componentes.

Substituir peças desgastadas e calibrar o equipamento regularmente também são práticas que garantem precisão e eficiência na aplicação, reduzindo desperdícios e custos desnecessários.

Invista em treinamento e capacitação da equipe

A capacitação dos trabalhadores é um fator-chave da tecnologia de aplicação. Certifique-se de que todos os envolvidos na operação conheçam as especificidades dos equipamentos, os cuidados necessários e as boas práticas de segurança.

Oferecer treinamentos frequentes ajuda a prevenir erros e garante que os produtos sejam aplicados de forma correta, eficiente e segura, protegendo tanto as culturas quanto os trabalhadores.

Dica final: selecione os melhores insumos para sua lavoura

A escolha de defensivos agrícolas de qualidade é essencial para o sucesso da lavoura. Além de contar com uma tecnologia de aplicação eficiente, é preciso selecionar insumos confiáveis, que garantam o melhor desempenho.

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