Conheça as principais pragas do algodão e como controlá-las

Conheça as principais pragas do algodão e como controlá-las

Para garantir uma lavoura produtiva e saudável, é importante conhecer as pragas do algodão e como evitá-las. Essas ameaças podem comprometer o desenvolvimento da cultura, afetando diretamente a qualidade e a rentabilidade da safra.

Ao longo deste artigo, vamos apresentar as principais pragas que atacam o algodão, mostrando como identificá-las e combatê-las de maneira eficiente.

Se você deseja proteger sua plantação e alcançar o melhor desempenho possível, continue a leitura e descubra as estratégias essenciais para o controle das pragas.

Por que é importante conhecer as principais pragas do algodão?

A cultura do algodão enfrenta desafios significativos devido às pragas que atacam diferentes partes da planta, desde as raízes até as estruturas reprodutivas. 

Os prejuízos podem comprometer tanto a produtividade quanto a qualidade da fibra, além de elevar os custos de controle, especialmente em estágios avançados de infestação.

Para a safra 2024/25, levantamentos divulgados pelo Canal Rural, indicam um aumento na presença do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) no Cerrado e da Spodoptera frugiperda em várias regiões do país. 

Ambas possuem alto potencial destrutivo, capaz de comprometer até 90% das lavouras em casos de infestações severas.

A compreensão do ciclo de vida das pragas, das condições que favorecem sua ocorrência e das estratégias de controle disponíveis é essencial para evitar danos significativos. 

Quando essas informações estão dominadas, os agricultores podem antecipar medidas de manejo, proteger suas plantações e assegurar a sustentabilidade e a rentabilidade da produção.

Bicudo do algodoeiro

O bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) é uma das pragas mais destrutivas na cultura do algodão. Ele ataca principalmente os botões florais e as maçãs, comprometendo a formação de fibras e sementes, o que reduz drasticamente a produtividade. 

Suas larvas se desenvolvem dentro das estruturas atacadas, enquanto os adultos se alimentam e causam perfurações características nos botões.

Os principais sinais de infestação incluem botões florais amarelados, flores que não se abrem normalmente e maçãs danificadas. Em casos graves, a praga pode reduzir em até 70% o rendimento da lavoura.

Como combater

O combate ao bicudo-do-algodoeiro exige estratégias combinadas, que vão desde práticas culturais até o uso de tecnologias específicas para controle químico e preventivo. 

A adoção de medidas integradas reduz os danos causados e contribui para um manejo sustentável e eficiente da lavoura. Confira as principais práticas que podem ser aplicadas no campo:

  • Planejamento do plantio: respeitar a janela recomendada para evitar períodos de alta infestação;
  • Armadilhas: utilizar dispositivos como tubos mata-bicudo para capturar populações iniciais;
  • Controle químico: aplicar inseticidas seletivos, seguindo orientações técnicas;
  • Eliminação de resíduos: destruir soqueiras e restos culturais, reduzindo áreas de refúgio para a praga.

Broca da raiz

A broca da raiz (Eutinobothrus brasiliensis) é uma praga que ataca a base da planta, perfurando o colo e criando galerias onde deposita seus ovos. 

Esse comportamento prejudica diretamente a absorção de nutrientes, causando murchamento e folhas avermelhadas.

Em estágios iniciais, as plantas jovens podem apresentar crescimento reduzido e maior vulnerabilidade. Em infestações mais severas, a produtividade é gravemente afetada, especialmente em áreas com solos úmidos ou plantio direto.

Como combater

O controle da broca da raiz exige uma abordagem integrada, que combine práticas culturais e químicas para reduzir os danos e prevenir novas infestações. 

A praga é favorecida por condições específicas, como solos úmidos e áreas com plantio direto, e sua eliminação depende de ações planejadas e contínuas. 

Além de proteger a lavoura, essas medidas contribuem para a sustentabilidade e a produtividade da plantação. Confira as principais estratégias:

  • Eliminação de restos culturais: remover resíduos da colheita para evitar que a praga encontre locais de refúgio e reprodução;
  • Tratamento de sementes: aplicar inseticidas adequados para proteger a planta desde o início do ciclo de desenvolvimento;
  • Monitoramento: observar áreas com histórico de infestação, especialmente regiões baixas e com maior retenção de umidade;
  • Manejo do solo: realizar práticas como aração e gradagem, dificultando a instalação da praga no ambiente cultivado.

Mosca-branca

A mosca-branca (Bemisia tabaci) é uma praga comum na cultura do algodão e permanece ativa durante todo o ciclo agrícola. 

Esse inseto suga a seiva da planta, causando enrolamento das folhas e produção de uma substância açucarada que favorece o surgimento de fumagina, comprometendo a qualidade da fibra. Além disso, a mosca-branca é vetor de viroses, como o mosaico do algodoeiro.

Os sintomas incluem folhas descoloridas e enroladas, além da presença de uma camada pegajosa nas folhas, que pode levar à queda precoce e dificultar o desenvolvimento da planta.

Como combater

Assim como ocorre com outras pragas, o controle da mosca-branca exige uma abordagem integrada, combinando prevenção, monitoramento e intervenções químicas bem planejadas.

O manejo deve começar antes mesmo do plantio, com ações preventivas que reduzam a possibilidade de infestações iniciais. Durante o ciclo da lavoura, é preciso monitorar as áreas para identificar a presença e aplicar medidas corretivas de forma eficiente. 

Abaixo, estão algumas estratégias eficazes para combater a mosca-branca:

  • Tratamento de sementes: utilizar inseticidas sistêmicos para proteger a planta contra infestações nas fases iniciais de desenvolvimento;
  • Pulverizações direcionadas: aplicar inseticidas recomendados assim que forem detectados os primeiros sinais de infestação na lavoura;
  • Monitoramento constante: verificar a densidade populacional da praga por meio de armadilhas ou inspeções visuais, evitando a propagação;
  • Planejamento agrícola: evitar o cultivo de culturas hospedeiras próximas ao algodoeiro, como feijão ou soja, que podem servir de refúgio para a mosca-branca.

Percevejos

Os percevejos são pragas que atacam diferentes partes da planta, afetando tanto o desenvolvimento vegetativo quanto às estruturas reprodutivas

Entre as espécies mais comuns estão o percevejo-castanho (Scaptocoris castanea), Nezara viridula, Euschistus heros e Piezodorus guildinii. Eles sugam a seiva das plantas, causando murchamento, queda de botões florais e deformações em maçãs.

As infestações geralmente se intensificam em áreas próximas a culturas como soja, que funcionam como hospedeiras. Os sinais mais evidentes incluem folhas murchas, flores que não se desenvolvem e danos nas maçãs.

Como combater

O uso de defensivos agrícolas aliado a práticas culturais contribui para um manejo eficaz dos percevejos. Uma das principais dificuldades no controle dessa praga é sua mobilidade e capacidade de se refugiar no solo ou em plantas hospedeiras próximas, como a soja.

Por isso, o manejo preventivo e o monitoramento constante são fundamentais para evitar infestações severas. Confira as melhores práticas para combater os percevejos:

  • Realizar aração e gradagens profundas no solo: essas práticas ajudam a destruir refúgios e dificultam a permanência dos insetos na área;
  • Aplicar inseticidas para cada espécie identificada: escolha produtos específicos para percevejos como Scaptocoris castanea, Nezara viridula e Euschistus heros, garantindo maior eficácia no controle;
  • Monitorar regularmente a lavoura: inspecionar áreas próximas a culturas hospedeiras permite detectar precocemente sinais de infestação e reduzir os danos;
  • Evitar a presença de plantas hospedeiras: a eliminação de ervas daninhas e a distância entre culturas suscetíveis contribuem para a redução da população de percevejos.

Lagartas 

As lagartas representam uma ameaça significativa para a cultura do algodão, com espécies como o curuquerê-do-algodoeiro (Alabama argilacea), a lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens), a lagarta-rosada (Pectinophora gossypiella) e a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) causando danos expressivos.

Elas costumam atacar folhas, botões florais e maçãs, prejudicando o desenvolvimento da planta e impactando diretamente a produtividade.

Entre os principais indícios de infestação estão folhas perfuradas ou completamente desfolhadas e botões florais danificados, muitas vezes com galerias internas. Tais características refletem os prejuízos severos que podem comprometer tanto a quantidade quanto a qualidade da colheita.

Como combater

Proteger a lavoura contra lagartas exige uma abordagem que combine estratégias culturais, biológicas e químicas, adaptadas ao estágio de infestação e às condições da lavoura. Confira as melhores práticas para minimizar os impactos dessas pragas:

  • Implantar variedades de algodão: essas plantas são resistentes a diversas espécies de lagartas, reduzindo a necessidade de controle químico intenso;
  • Utilizar inseticidas biológicos e reguladores de crescimento: essas soluções são eficazes e menos agressivas ao meio ambiente, auxiliando no controle seletivo;
  • Liberar parasitoides, como Trichogramma pretiosum: o uso de inimigos naturais ajuda a controlar a população de lagartas de forma sustentável e eficiente;
  • Monitorar continuamente a lavoura: identificar precocemente os sinais de ataque evita que as lagartas causem danos generalizados, permitindo ações rápidas e direcionadas.

Ácaros

Os ácaros, como o ácaro-rajado (Tetranychus urticae), o ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus) e o ácaro-vermelho (Tetranychus ludeni), são pragas que atacam principalmente as folhas do algodoeiro

Eles causam manchas, necroses e queda precoce das folhas, prejudicando o desenvolvimento da planta e comprometendo sua produtividade.

Entre os sinais mais comuns de infestação estão folhas com aspecto brilhante, bordas enroladas para baixo e manchas avermelhadas ou escuras, que podem evoluir para necrose. 

Em infestações graves, os ácaros podem reduzir significativamente o porte da planta, afetando também a formação de maçãs.

Como combater

O controle dos ácaros requer medidas preventivas e intervenções específicas, adaptadas às condições da lavoura e ao nível de infestação. Estratégias bem planejadas ajudam a reduzir os danos causados por essas pragas. Confira as principais ações recomendadas:

  • Aplicação de acaricidas específicos: utilizar produtos direcionados para cada espécie, como o ácaro-rajado, ácaro-branco e ácaro-vermelho, garantindo maior eficácia no controle;
  • Monitoramento constante: observar regularmente a lavoura para identificar as infestações no início e agir imediatamente;
  • Manejo das condições ambientais: evitar fatores que favoreçam os ácaros, como altas temperaturas combinadas com baixa umidade, implementando práticas que equilibrem o microclima da lavoura;
  • Redução de plantas hospedeiras: eliminar espécies próximas que possam servir como refúgio, diminuindo as chances de proliferação dos ácaros.

Conte com a ALTA na proteção da sua lavoura algodoeira

Como vimos, conhecer as principais pragas do algodão desempenha um papel fundamental na prevenção e no manejo eficiente. 

Contudo, essa etapa, por si só, não garante o sucesso da safra. Utilizar produtos de alta qualidade torna-se indispensável para alcançar os melhores resultados.

A Alta Defensivos Agrícolas oferece soluções completas e direcionadas para proteger a cultura do algodão, auxiliando o agricultor no enfrentamento de desafios como o bicudo, as lagartas e outras pragas prejudiciais.

Nosso portfólio foi desenvolvido para atender às necessidades específicas da cotonicultura, combinando tecnologia avançada e eficiência no controle de pragas. 

Oferecemos uma linha diversificada de produtos projetados para combater os problemas mais comuns do algodão, promovendo a saúde da lavoura e maximizando a produtividade, com o menor impacto ambiental possível.

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