Leprose dos Citros: Saiba como tratar a doença e proteger sua lavoura

Leprose dos citros: como tratar a doença e controlar o vetor

Você faz tudo certo: cuida, investe, monitora… mas, ainda assim, os frutos começam a cair antes da hora, os ramos secam e a planta vai perdendo força. Parece familiar? Então, é bem provável que você esteja enfrentando a leprose dos citros. A doença parece inofensiva no começo, mas quando se espalha, os prejuízos aparecem rápido.

O grande vilão é um ácaro minúsculo, conhecido como ácaro da leprose (Brevipalpus phoenicis), difícil de ver a olho nu, mas que se propaga rápido e transmite o vírus que causa toda essa dor de cabeça. Por isso, entender como ele age e como combatê-lo é fundamental para manter o seu pomar saudável.  

Hoje, vamos te mostrar como tratar a leprose dos citros de forma clara e prática: você vai entender o que é essa doença, como identificar os sinais, quais cuidados tomar e o que funciona de verdade no controle do ácaro. Boa leitura!

O que é leprose dos citros?

A leprose dos citros é uma doença viral que atinge as partes externas da planta, folhas, ramos e frutos. Ela é causada pelo vírus Citrus leprosis virus (CiLV) e se destaca por não ser sistêmica, ou seja, o vírus não se espalha por toda a planta, ele permanece restrito às áreas em que ocorre a alimentação do ácaro transmissor.

O grande problema está justamente neste vetor: o ácaro da leprose. Ao se alimentar de uma planta contaminada, acaba levando o vírus para outras. E como ele se move e se reproduz muito rápido, a doença se alastra com facilidade, causando lesões que comprometem a produção e a qualidade dos frutos.

Além das perdas diretas na colheita, a leprose também compromete a longevidade da planta, forçando muitas vezes a renovação do pomar antes do tempo. Por isso, é fundamental entender bem a doença e agir quando os primeiros sinais aparecem.

Quais cultivos são afetados pela doença?

A leprose no cultivo de citros apresenta ampla gama de hospedeiros, atingindo diversas espécies dentro do grupo dos cítricos e até outras culturas. Em especial, afeta plantas de valor comercial elevado, intensificando o impacto econômico nos pomares.

Veja algumas das principais culturas afetadas:

  • Laranja doce (principal alvo);
  • Lima ácida Tahiti;
  • Tangerina (algumas variedades mostram menor sensibilidade);
  • Limão siciliano;
  • Outras espécies cítricas, como murcote e poncã;
  • Café.

O ácaro da leprose também pode se hospedar em plantas daninhas comuns nas lavouras, como trapoeraba, picão-preto, mentrasto e guanxuma. Daí a importância de um manejo que vá além da planta principal e inclua o controle de toda a vegetação ao redor.

Leia também: Triângulo das Doenças: Entenda o conceito e o papel dos defensivos agrícolas

Ácaro da leprose: conheça o vetor que causa a doença

O ácaro-da-leprose (Brevipalpus phoenicis) é o responsável direto pela transmissão do vírus da leprose. Ele é pequeno, tem cerca de 0,3 mm, coloração alaranjada e manchas no dorso. É praticamente invisível a olho nu, mas quando encontra condições favoráveis de temperatura e umidade, ele se multiplica rápido e vira uma grande ameaça para o pomar.

O ciclo de vida dele é rápido: de 17 a 35 dias, conforme as condições climáticas. E como se reproduz com facilidade, a população cresce em pouco tempo, especialmente nos períodos mais secos do ano. Ele se alimenta das células das plantas e transmite o vírus através da saliva, durante a alimentação.

Por isso, o controle do vetor é essencial para evitar que a leprose dos citros avance no pomar. E vale lembrar: o ácaro pode ser transportado pelo vento, ferramentas contaminadas, roupas, e até por pássaros e insetos.

Como identificar a leprose dos citros na lavoura?

Os sintomas da leprose dos citros mudam conforme a parte da planta afetada, mas todos comprometem o vigor e a qualidade dos frutos. Portanto, fique atento aos seguintes sinais:

  • Folhas: lesões arredondadas, lisas, visíveis nas duas faces, com coloração verde-clara ou amarelada. Em casos mais avançados, aparecem anéis necróticos e ocorre a queda precoce das folhas.
  • Ramos: começam com manchas amareladas que evoluem para áreas necróticas de cor marrom-avermelhada. Com o tempo, esses ramos secam e podem morrer.
  • Frutos: lesões circulares, marrons e rasas, com halos amarelados quando verdes e escurecimento ao amadurecer. Se estiverem perto do pedúnculo, o fruto pode cair antes de completar o ciclo.

Além de observar esses sintomas, é indicado realizar inspeções com lupa para detectar a presença do ácaro da leprose. O monitoramento constante permite agir no momento certo para evitar o avanço da doença.

Como tratar a leprose dos citros?

O controle da leprose dos citros exige mais do que a aplicação de um produto. A doença precisa de atenção constante e de um conjunto de ações integradas, que vão dos cuidados preventivos até o uso direcionado de acaricidas.

O mais importante é agir com estratégia. Não adianta esperar os sintomas se agravarem para começar o controle. Quanto antes for feito o manejo, maiores as chances de proteger a lavoura e minimizar os prejuízos. Veja agora como tratar a leprose dos citros.

Medidas preventivas

A prevenção começa fora da planta. O ácaro-da-leprose não vive só nos citros, ele também se abriga em plantas daninhas. Por isso, uma das primeiras ações deve ser a eliminação frequente dessas plantas no entorno do pomar. Outra dica importante é evitar o uso de cercas-vivas compostas por espécies que possam servir de hospedeiro ao ácaro.

Esses cuidados reduzem a chance de infestação e impedem que o ácaro encontre abrigo e alimento para se multiplicar perto da sua lavoura.

Monitoramento

A base de qualquer bom manejo está no monitoramento regular da lavoura. É com ele que se detecta o início da infestação e se toma a decisão certa no momento certo. O ideal é que o monitoramento seja feito a cada 10 a 14 dias, especialmente nas épocas mais secas, quando o ácaro tende a se multiplicar com maior intensidade.

Durante as inspeções, utilize uma lupa de aumento e concentre-se na observação de frutos com mais de 3 cm, ramos jovens e partes internas da planta.

Utilização de mudas sadias na lavoura

Usar mudas certificadas e livres de pragas é uma das formas mais seguras de iniciar o cultivo. Mudas de origem confiável evitam a introdução do ácaro e do vírus ainda na fase de implantação do pomar.

Não é recomendado adquirir mudas de origem desconhecida, mesmo que elas pareçam saudáveis. O ácaro é pequeno demais para ser notado a olho nu e uma planta aparentemente boa pode já estar contaminada com leprose.

Lavagem e desinfecção de materiais usados na colheita

Durante a colheita, o contato com ferramentas e caixas pode disseminar o ácaro de uma planta para outra ou até entre talhões. Por isso, é importante lavar e desinfetar todos os materiais com frequência, principalmente quando for trabalhar em áreas com histórico de leprose.

Roupas, luvas, tesouras de poda, caixas plásticas e qualquer outro item que entre em contato com as plantas devem ser higienizados com regularidade. Pode parecer um detalhe, mas faz toda a diferença na prevenção.

Controle químico

Quando a infestação do ácaro-da-leprose já está instalada, o uso de acaricidas passa a ser uma ferramenta importante no manejo. O controle químico deve ser orientado pelo monitoramento, sendo indicado somente quando o nível de infestação justificar a aplicação.

Os produtos recomendados incluem acrinatrina, azociclotina, bifentrina, cihexatina, dicofol, hexitiazox e óxido de fembutatina. O uso de óleo mineral junto com o acaricida melhora a espalhabilidade da calda e a penetração nas partes mais internas da planta, aumentando a eficiência da aplicação.

Também é indicado fazer a rotação de princípios ativos para que o ácaro não desenvolva resistência aos produtos. O ideal é alternar as moléculas conforme as recomendações técnicas e respeitar os intervalos entre as aplicações.

Proteja sua lavoura com Vilora

Quem lida com a leprose em citros sabe que não dá para correr riscos quando o ácaro começa a aparecer. A doença avança rápido e, quando você percebe, o prejuízo já está feito. É por isso que, na hora de agir, você precisa de um produto que entregue eficiência real, com segurança e resultado comprovado

E é aí que entra o Vilora, o acaricida da Alta Defensivos que tem transformado o manejo da leprose nos pomares do Brasil. Vilora atua direto no problema, controlando o ácaro-da-leprose de forma rápida e duradoura. 

Com ação residual prolongada, alta seletividade e tecnologia de ponta, a lavoura se mantém protegida por mais tempo, sem prejudicar os inimigos naturais que auxiliam no equilíbrio do ecossistema, inclusive nos períodos mais críticos da citricultura no Brasil.

Se você quer proteger a sua lavoura com confiança e seguir colhendo bons frutos, não espere os sintomas se espalharem. Acesse o site da Alta Defensivos e conheça tudo sobre o acaricida Vilora

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