Herbicida para feijão: como escolher o ideal para controle de plantas daninhas

Nos primeiros 30 dias após a emergência do feijão, produtores enfrentam um dos maiores desafios do ciclo produtivo: as plantas daninhas. Para lidar com esse problema e evitar perdas no desenvolvimento da lavoura, o uso correto de herbicida para feijão se torna uma importante ferramenta no manejo.
Como o calendário de plantio varia conforme a região do país, com safras em andamento até os meses de maio e junho, o controle de daninhas é uma preocupação constante em várias áreas. Isso torna o tema atual e relevante para diferentes realidades do campo.
Mas, afinal, como escolher o herbicida ideal para sua cultura? Neste artigo, você confere os principais critérios para tomar essa decisão com mais segurança, além de boas práticas para aplicação em campo.
Principais plantas daninhas que afetam o feijão (tópico breve)
As plantas daninhas são uma das principais causas de perda de produtividade nas lavouras de feijão. Elas competem com a cultura por água, luz e nutrientes, além de dificultarem a colheita e aumentarem o risco de pragas, doenças e nematoides, organismos do solo que atacam as raízes das plantas.
Entre as espécies mais comuns, destacam-se:
- Capim-amargoso (Digitaria insularis);
- Buva (Conyza spp.);
- Caruru (Amaranthus spp.);
- Picão-preto (Bidens pilosa);
- Trapoeraba (Commelina benghalensis);
- Tiririca (Cyperus spp.).
Essas daninhas surgem, principalmente, pela ausência de rotação de culturas, falhas no manejo anterior, uso contínuo de herbicidas com o mesmo modo de ação e condições ambientais favoráveis à germinação.
Como escolher o herbicida para feijão?
A escolha do herbicida para feijão deve ser feita com base em critérios técnicos que considerem as particularidades de cada lavoura.
Características como histórico da área, tipo de infestação e momento do ciclo da cultura influenciam diretamente na eficácia do manejo. A seguir, veja os principais pontos que devem ser avaliados antes da aplicação.
Tipo e estágio das daninhas
O reconhecimento correto das plantas daninhas é o primeiro passo para definir a melhor estratégia de controle. Além da identificação da espécie, é necessário avaliar seu estágio de desenvolvimento.
Daninhas em fase inicial tendem a ser mais suscetíveis à ação dos herbicidas, enquanto plantas adultas ou com histórico de resistência exigem produtos específicos, ou a combinação de diferentes mecanismos de ação.
Essa análise evita aplicações ineficazes e reduz o risco de rebrota.
Estágio da cultura (pré ou pós-emergência)
O momento do ciclo do feijão também influencia na escolha do herbicida. Produtos indicados para pré-emergência atuam sobre o solo, impedindo que as daninhas se estabeleçam junto à cultura.
Já os herbicidas pós-emergentes devem ser usados quando a infestação já está visível. Aplicações fora do estágio recomendado podem afetar o desenvolvimento da planta e comprometer a seletividade do produto, sendo essencial alinhar a escolha ao estágio da lavoura.
Condições climáticas e tipo de solo
Fatores ambientais e as características físicas do solo impactam diretamente na eficácia do herbicida. Umidade insuficiente, temperaturas extremas ou ventos no momento da aplicação podem reduzir o efeito desejado.
Além disso, solos arenosos ou argilosos interferem na movimentação do produto, influenciando tanto sua absorção quanto sua persistência. Avaliar esses aspectos ajuda a adaptar doses, horários e volumes de calda, otimizando os resultados no campo.
Como o feijão é cultivado em diferentes épocas ao longo do ano, é importante considerar o calendário agrícola de cada região. Isso permite ajustar o manejo às condições locais de solo e clima, além de reforçar a atualidade da aplicação de herbicidas, mesmo nos meses fora do chamado “ciclo principal”.
Região | Época comum de plantio |
Sul | Agosto a novembro |
Sudeste | Setembro a janeiro |
Centro-Oeste | Outubro a dezembro |
Nordeste | Março a julho |
Norte | Fevereiro a maio |
Histórico da área e possíveis resistências.
O uso repetido de herbicidas com o mesmo modo de ação pode favorecer o surgimento de plantas daninhas resistentes.
Por isso, é indispensável conhecer o histórico da área, identificar quais produtos já foram utilizados e acompanhar a resposta das espécies ao longo das safras. Essa prática contribui para evitar perdas e orientar o uso de novas soluções de forma estratégica.
A recomendação é que o produtor trabalhe com o apoio do engenheiro agrônomo, em um plano de Manejo Integrado de Pragas (MIP), que combine ações químicas, culturais e mecânicas.
Herbicidas da Alta indicados para o feijão
O manejo químico no feijão pode ser mais eficiente quando os herbicidas são usados de forma complementar, conforme o estágio da cultura e o tipo de infestação.
A Alta Defensivos Agrícolas oferece soluções que atuam em diferentes momentos do ciclo, contribuindo para o controle das principais plantas daninhas da cultura.
Audace
Audace é indicado para o início do manejo, com aplicação em pré-emergência. Atua no controle de folhas largas e estreitas ainda na fase inicial de desenvolvimento, ajudando a reduzir a matocompetição nos primeiros dias após a semeadura.
Sua ação residual favorece áreas com alta pressão de infestação, criando uma barreira que contribui para um estabelecimento mais uniforme da cultura.
Shift
Shift entra em ação na fase pós-emergente, quando a lavoura já está implantada e as plantas daninhas começam a impactar diretamente o crescimento do feijão. Sua formulação é seletiva, permitindo o controle das invasoras sem prejudicar a cultura.
É ideal para áreas onde o foco está no resgate do potencial produtivo, agindo com precisão sobre folhas largas.
Venture
Venture é um graminicida pós-emergente indicado para situações em que há presença significativa de gramíneas resistentes. Seu uso é complementar às demais soluções e pode ser integrado a outras estratégias químicas ou culturais.
É uma ferramenta versátil para reforçar o manejo em áreas com histórico de infestação persistente, contribuindo para ampliar o espectro de controle e reduzir a pressão sobre os princípios ativos utilizados.
Boas práticas para aplicação de herbicidas para feijão
A eficiência do herbicida para feijão também depende da forma como é aplicado. Mesmo com o produto certo, falhas na aplicação podem comprometer o controle das daninhas e causar prejuízos à cultura.
Por isso, seguir boas práticas é fundamental para alcançar os resultados esperados no campo.
- Calibre os equipamentos de pulverização com regularidade, para obter uma distribuição uniforme da calda;
- Escolha condições climáticas adequadas para a aplicação, evitando vento forte, temperaturas extremas ou baixa umidade;
- Utilize o volume de calda conforme recomendado, buscando cobertura eficiente da área tratada;
- Evite a deriva do produto para áreas sensíveis e adote medidas que reforcem a segurança ambiental durante e após a aplicação.
Escolha o herbicida certo e mantenha sua lavoura de feijão no controle
Conforme mostramos, controlar plantas daninhas no feijão é uma necessidade em qualquer sistema de produção. Mais do que aplicar um produto, é preciso entender o momento certo, conhecer o histórico da área e escolher a solução que atenda de fato às necessidades da lavoura.
Com atenção a esses detalhes, o herbicida para feijão se torna um aliado importante no campo, auxiliando o produtor a manter o solo limpo, a cultura em pleno desenvolvimento e a produtividade dentro do esperado. Na hora de definir seu manejo, conte com soluções que entregam eficiência e se encaixam no seu dia a dia. Veja o portfólio completo da Alta Defensivos e encontre o herbicida ideal para sua realidade.
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