Guia do manejo integrado de pragas

Manejo Integrado de Pragas

a sustentabilidade e a proteção das culturas. Terra que produz melhor, produz por mais tempo. Neste contexto, é que vamos falar sobre o manejo integrado de pragas, o MIP.

Essa abordagem busca manter as populações de pragas abaixo dos níveis de dano econômico, garantindo que as infestações sejam controladas de forma eficiente. Ao contrário do controle de pragas exclusivamente químico, o MIP engloba métodos variados, desde práticas preventivas até o uso de controle biológico, genético e químico.

No centro do MIP está a otimização do controle de pragas com ações personalizadas e responsáveis. Com isso, reduz o uso de defensivos químicos, preserva os inimigos naturais das pragas e aumenta a longevidade e saúde de suas lavouras. É um sistema de proteção eficaz que reduz o custo da produção e promove uma agricultura mais sustentável.

Para quem ainda não conhece em detalhes a técnica do manejo integrado de pragas e doenças, confira neste artigo o que é o MIP, as etapas, técnicas e benefícios de sua aplicação

O que é manejo integrado de pragas na agricultura?

O manejo integrado de pragas, também conhecido como MIP, é uma prática agrícola que utiliza diferentes técnicas de controle para manter a população de pragas sob controle.

É importante pontuar que o MIP não pretende eliminar as pragas completamente, mas sim manter as populações em níveis que não causem prejuízos significativos à produção. É a busca por um equilíbrio de métodos de controle, como o biológico, comportamental e químico, aplicando-os conforme a necessidade e o estágio da cultura.

Na prática, é uma ferramenta poderosa para garantir a produtividade das lavouras sem comprometer o meio ambiente, já que essa técnica não apenas melhora o rendimento da produção, mas também contribui para a sustentabilidade do setor agrícola.

Conheça os pilares do MIP

O manejo integrado de pragas baseia-se em três pilares fundamentais: prevenção, monitoramento e controle

Cada um desses pilares proporciona uma visão completa da lavoura, garantindo a aplicação das melhores práticas de proteção. Esses pilares atuam em conjunto para criar um sistema integrado de manejo que equilibra a intervenção humana com os fatores naturais de controle

Vamos conhecer melhor cada um deles:

Prevenção

A prevenção é o primeiro passo para uma lavoura saudável e menos suscetível a pragas. Nesse pilar, adotam-se práticas agrícolas que visam evitar a proliferação de organismos indesejáveis, como rotação de culturas, escolha de épocas de plantio adequadas e destruição de restos culturais após a colheita.

Além disso, inclui o manejo correto do solo, como uma adubação equilibrada, que favorece o desenvolvimento de plantas mais fortes e resistentes. Quando a lavoura é preparada adequadamente, há menos necessidade de medidas corretivas.

Monitoramento

Já o segundo pilar, o monitoramento, permite identificar a presença de pragas e avaliar o momento certo para agir. Ou seja, é preciso realizar inspeções periódicas na lavoura, verificando a densidade populacional de pragas em diferentes pontos para analisar seu comportamento e impacto na cultura.

Com base nos dados obtidos, é hora de decidir se as pragas estão causando danos significativos ou se a situação está sob controle. Esse pilar ajuda a tomar decisões assertivas, economizando recursos.

Controle

A etapa de controle é acionada quando os níveis populacionais das pragas ultrapassam o limite tolerável, conhecido como Nível de Dano Econômico (NDE). 

Nesta fase, é feita a escolha da técnica de controle mais adequada, considerando a especificidade da praga e o momento de aplicação. No MIP, o controle pode ser biológico, varietal, comportamental, mecânico ou químico, sempre visando minimizar impactos ao meio ambiente e à lavoura.

Como é feito o monitoramento de pragas?

Agora que falamos sobre os três principais pilares, vamos aprofundar o conhecimento em um deles, o monitoramento.

Esse é um processo contínuo e estratégico, em que se coletam informações sobre a presença de pragas e seus danos à cultura. Esse acompanhamento permite a identificação precoce de infestações e a tomada de decisões baseadas em dados reais, aumentando a eficácia das ações de controle.

Escolha um método para captar amostras

Existem várias formas de captar amostras para monitoramento. A melhor escolha vai depender da cultura em questão, do tipo de praga que mais acomete a lavoura, da região e do clima. 

O monitoramento in loco consiste em inspeções visuais, nas quais observa diretamente as plantas e verifica a presença de pragas. A amostragem de solo também é recomendada, pois permite identificar insetos e organismos que habitam o solo.

A técnica do pano-de-batida é outra opção amplamente utilizada, especialmente na cultura da soja. Nesse método, um pano branco é colocado na entrelinha das plantas, e são agitadas para que as pragas caiam sobre o pano, facilitando sua identificação e contagem.

Já as armadilhas adesivas são estruturas que capturam insetos voadores, facilitando a contagem e identificação das pragas. Essa opção é especialmente útil para monitorar pragas como moscas-brancas e pulgões.

Fique de olho nos parâmetros de densidade populacional

O monitoramento de pragas envolve a análise de três parâmetros principais: Nível de Dano Econômico (NDE), Nível de Controle (NC) e Nível de Equilíbrio (NE). Esses parâmetros indicam quando o controle deve ser aplicado e qual técnica de manejo é mais adequada.

Nível de Dano Econômico (NDE)

O Nível de Dano Econômico é a densidade populacional mínima de pragas capaz de causar prejuízos financeiros à lavoura. É nesse nível que as perdas superam o custo das medidas de controle. O NDE ajuda a definir o momento exato em que o controle é financeiramente viável, evitando gastos desnecessários.

Nível de Controle (NC)

O Nível de Controle é o ponto em que as medidas de controle devem ser acionadas para evitar que a população de pragas atinja o NDE. Quando o NC é alcançado, ainda existe uma margem de tempo para agir e evitar danos à lavoura, mantendo o equilíbrio entre custos e benefícios.

Nível de Equilíbrio (NE)

O Nível de Equilíbrio representa a densidade média de pragas em um agroecossistema que não causa danos permanentes. Esse nível é mantido com o auxílio dos inimigos naturais e das condições ambientais e serve como uma referência para manter o controle sustentável das pragas ao longo do tempo.

Analise os resultados para tomar a melhor decisão para o controle

Após o monitoramento e a análise dos parâmetros de densidade populacional, é o momento de avaliar se o controle é necessário e qual método será mais eficiente. Essa decisão depende da fase de desenvolvimento da cultura, do tipo de praga e das condições climáticas. 

Com base nos dados coletados, defina a estratégia de manejo que trará maior benefício para a produção e menor impacto ambiental. Essa abordagem assertiva contribui para uma lavoura mais saudável e produtiva.

Quais são as estratégias para a etapa de controle de pragas?

Até aqui, entendemos o que é o manejo integrado de pragas, seus três pilares principais e aprofundamos o conhecimento na etapa de monitoramento. Agora, é o momento de conhecer mais sobre outra etapa: o controle.

Como citado anteriormente, o pilar de controle de pragas acontece quando, no monitoramento, é identificado o nível de dano econômico.

A escolha da estratégia ideal depende do nível de infestação e das particularidades de cada praga. No MIP, as principais estratégias de controle são o controle biológico, varietal, comportamental, mecânico e químico. Vamos explorar cada uma delas.

Biológico

O controle biológico utiliza inimigos naturais das pragas, como predadores, parasitas e patógenos, para controlar sua população. Por exemplo, a introdução de joaninhas combate pulgões.

Esse método é vantajoso para a agricultura sustentável e exige um planejamento cuidadoso para garantir a eficácia e a permanência dos agentes biológicos na lavoura.

Varietal

Já o controle varietal baseia-se na escolha de plantas geneticamente resistentes a certas pragas. Esse método reduz a vulnerabilidade da cultura e, ao mesmo tempo, diminui a necessidade de intervenções químicas. Com variedades mais resistentes, a lavoura se torna menos atrativa para pragas específicas.

Mecânico

O controle mecânico envolve a remoção física das pragas e o uso de barreiras para impedir o acesso aos cultivos. Práticas como a colheita manual, a instalação de barreiras físicas e a técnica de inundação de áreas são exemplos desse controle. Embora use mais mão-de-obra, é eficaz e sustentável para lavouras de pequeno porte e agricultura orgânica.

Químico

O controle químico é utilizado para controle de pragas de maneira eficaz dentro do modelo do MIP. Mas, lembre-se que a aplicação de defensivos agrícolas deve ser feita a partir da consulta com um engenheiro agrônomo. Ele indicará os produtos adequados conforme a cultura e época do cultivo.

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