Doenças no milho safrinha: Dicas de manejo e produtos para combater as pragas

Doenças no milho safrinha: Dicas de manejo e produtos para combater as pragas

As doenças no milho safrinha estão entre os principais desafios enfrentados pelos agricultores, impactando diretamente a produtividade e a rentabilidade da cultura. 

Condições climáticas como alta umidade e calor favorecem o surgimento de patógenos, tornando o manejo ainda mais complexo.

Para proteger sua lavoura, é essencial conhecer os sintomas das doenças mais comuns e as estratégias mais eficazes para combatê-las. Continue a leitura e descubra como garantir a sanidade e o potencial produtivo do milho!

Quais são as principais doenças no milho safrinha?

O milho safrinha está exposto a uma série de doenças que podem comprometer drasticamente sua produtividade, especialmente em condições climáticas favoráveis à proliferação de patógenos. 

Conhecer os sintomas e as características dessas doenças é o primeiro passo para adotar práticas de manejo eficientes. Abaixo, explicamos as principais doenças que afetam o milho safrinha e como combatê-las de forma eficaz.

Mancha branca

A mancha branca é uma das doenças mais comuns no milho safrinha, causada pelo fungo Phaeosphaeria maydis e pela bactéria Pantoea ananatis, que atuam de forma combinada, tornando o controle ainda mais desafiador.

Em condições de alta umidade e temperaturas elevadas, a doença encontra um ambiente propício para o desenvolvimento, podendo comprometer até 60% da produtividade da lavoura.

Os sintomas iniciam-se nas folhas inferiores, com pequenas manchas arredondadas e cloróticas. 

À medida que a doença progride, essas manchas aumentam de tamanho, apresentando coloração branca com bordas escuras e comprometendo rapidamente a área foliar superior.

A redução da área foliar limita a fotossíntese, enfraquecendo a planta e impactando diretamente o enchimento dos grãos.

O combate à mancha branca envolve o uso de híbridos resistentes, rotação de culturas e aplicação de fungicidas sistêmicos, como estrobilurinas e ditiocarbamatos, no início dos sintomas, para evitar a disseminação do patógeno.

Ferrugem polisora

Causada pelo fungo Puccinia polysora, a ferrugem polisora é uma das doenças mais destrutivas do milho safrinha, com perdas de até 65% da produção

Altas temperaturas (26 °C a 30 °C) e alta umidade, frequentes na segunda safra, favorecem sua incidência, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.

Pequenas pústulas amarelas a marrons surgem inicialmente nas folhas e podem se espalhar para outras partes da planta, como bainhas e pendões. 

Em estágios avançados, a doença reduz a fotossíntese, enfraquece a planta e causa senescência precoce, comprometendo os grãos. O manejo envolve híbridos resistentes, planejamento da semeadura e aplicação precoce de fungicidas sistêmicos, como triazóis e estrobilurinas.

Ferrugem branca

A ferrugem branca, causada pelo fungo Physopella zeae, é uma ameaça crescente ao milho safrinha, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. 

Altas temperaturas e elevada umidade, características da segunda safra, criam condições ideais para sua disseminação, resultando em perdas significativas.

A doença é identificada por pústulas pequenas e alinhadas às nervuras das folhas, inicialmente em tons amarelados ou castanhos. Em casos avançados, essas lesões se expandem, prejudicando a fotossíntese e reduzindo a capacidade produtiva da planta.

Para controle, recomenda-se o uso de híbridos resistentes, a escolha de janelas de plantio que minimizem riscos e a aplicação de fungicidas sistêmicos ao surgirem os primeiros sinais.

Cercosporiose

Causada pelo fungo Cercospora zeae-maydis, a cercosporiose é uma das doenças mais agressivas no cultivo do milho safrinha, podendo levar a perdas superiores a 80% em condições de alta umidade e temperaturas entre 22 °C e 30 °C

Sua ocorrência é especialmente preocupante em áreas com sucessão de culturas e restos culturais, onde o patógeno encontra condições favoráveis para se multiplicar.

As primeiras lesões aparecem nas folhas inferiores, com formato retangular e alongado, variando de coloração marrom a acinzentada. 

Com a progressão da doença, essas manchas se expandem, podendo tomar toda a área foliar. Em ambientes úmidos, o fungo forma esporos que dão às lesões um tom acinzentado e facilitam a disseminação para outras plantas.

O manejo da cercosporiose inclui o uso de híbridos resistentes, eliminação de restos culturais para reduzir o inóculo e aplicação de fungicidas sistêmicos, como triazóis e estrobilurinas, nos estágios iniciais da infecção. A rotação de culturas também é essencial para mitigar a reincidência do problema.

Mancha de Bipolaris

A mancha de Bipolaris maydis é uma doença comum no milho safrinha, principalmente em regiões de alta umidade. Embora costume causar danos moderados, pode atingir níveis severos em áreas com híbridos suscetíveis e práticas inadequadas de manejo.

Os sintomas incluem lesões alongadas e marrons, com bordas menos definidas que outras doenças foliares, o que pode causar confusão no diagnóstico. Essas lesões comprometem a área foliar e reduzem a capacidade fotossintética da planta, impactando a produtividade.

O controle é feito por meio do plantio de híbridos resistentes, rotação de culturas e práticas culturais que reduzam o inóculo na área.

Helmintosporiose

A helmintosporiose, causada pelo fungo Exserohilum turcicum, é uma doença significativa no milho safrinha, especialmente em condições de alta umidade e temperaturas entre 18 °C e 27 °C. Em surtos severos, pode comprometer até 40% da produtividade.

Os sintomas manifestam-se como lesões alongadas e necróticas, com coloração variando entre cinza e marrom. 

Elas aparecem inicialmente nas folhas mais velhas e podem se espalhar, provocando a queima total do tecido foliar, o que prejudica a fotossíntese e enfraquece a planta.

O combate à helmintosporiose envolve a rotação de culturas, eliminação de restos culturais e aplicação de fungicidas sistêmicos no início da infecção, visando conter a disseminação do fungo.

Enfezamento pálido

Causado pelo espiroplasma Spiroplasma kunkelii e transmitido pela cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), o enfezamento pálido reduz significativamente o desenvolvimento das plantas e a formação dos grãos no milho safrinha, impactando diretamente a produtividade.

Caracteriza-se por clorose irregular nas folhas, redução no porte das plantas e grãos menores e mal formados. Em casos graves, pode levar à secagem precoce das plantas e espigas com enchimento incompleto, ocasionando perdas expressivas.

O manejo da doença exige estratégias integradas, como o uso de híbridos tolerantes, tratamento de sementes com inseticidas e aplicações direcionadas para controlar a cigarrinha nos estágios iniciais da lavoura.

Enfezamento vermelho

Transmitido pela cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), o enfezamento vermelho é causado por fitoplasmas e afeta o milho safrinha em diversas regiões do Brasil

Áreas de cultivo contínuo, onde a “ponte verde” favorece a disseminação, são especialmente vulneráveis à doença.

Manifesta-se pelo avermelhamento das folhas, que começa nas bordas e avança pela planta. Espigas mal formadas, grãos pouco enchidos e redução no porte também são comuns. Em situações severas, a planta pode secar precocemente, gerando perdas significativas.

Para o manejo, é fundamental adotar híbridos tolerantes, tratar sementes com inseticidas e controlar a cigarrinha nos estágios iniciais com inseticidas específicos. A eliminação de plantas voluntárias complementa as estratégias de prevenção.

O que essas doenças têm em comum?

A maioria das doenças no milho safrinha é causada por fungos, como Phaeosphaeria maydis, Cercospora zeae-maydis e Exserohilum turcicum, que prosperam em condições de alta umidade e temperaturas elevadas. 

Essas doenças comprometem diretamente a área foliar da planta, reduzindo a fotossíntese e impactando a produtividade.

No entanto, os enfezamentos pálido e vermelho se destacam como exceções, pois são causados por molicutes (espiroplasma e fitoplasma) e transmitidos pela cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis). 

O ciclo de vida desse inseto, favorecido por práticas como a sucessão de cultivos e a presença de plantas voluntárias, torna o controle ainda mais desafiador.

Diante disso, o manejo integrado é indispensável. Fungicidas para milho são fundamentais para combater as doenças fúngicas, enquanto inseticidas são necessários para o controle da cigarrinha, prevenindo a transmissão dos enfezamentos. 

Qual melhor tipo de fungicida para combater as doenças do milho safrinha?

Como visto, os fungicidas sistêmicos são a escolha mais eficaz para o manejo das principais doenças fúngicas do milho safrinha. 

São produtos que conseguem penetrar nos tecidos da planta e atuar diretamente nos patógenos, inibindo seu desenvolvimento e evitando a disseminação da doença. 

Eles também oferecem um efeito residual, protegendo a planta por um período prolongado. Entre as vantagens dos fungicidas para milho estão:

  • Controle eficiente de doenças como cercosporiose, ferrugem polisora e mancha branca;
  • Capacidade de proteção mesmo em tecidos distantes do ponto de aplicação;
  • Possibilidade de uso em diferentes estágios da lavoura, desde a fase preventiva até curativa.

Para o controle dos enfezamentos, é indispensável o uso de inseticidas para combater a cigarrinha-do-milho, principal vetor dessas doenças. 

Além disso, práticas preventivas, como o plantio de híbridos resistentes e o manejo da área antes do cultivo, são essenciais para reduzir a presença de inóculos e minimizar os impactos.

Onde adquirir fungicidas sistêmicos

A Alta é uma parceira confiável para agricultores que buscam soluções modernas e eficazes para o manejo das doenças no milho safrinha. 

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