Guia para evitar cigarrinha do milho na sua lavoura

A cigarrinha do milho tem se tornado um grande desafio para os agricultores, impactando diretamente a produtividade das lavouras. Pequeno e de difícil controle, esse inseto pode comprometer a safra ao transmitir doenças severas, como os enfezamentos e o raiado fino.
Nos últimos anos, a incidência dessa praga aumentou significativamente, principalmente em regiões com cultivos sucessivos de milho. Segundo o monitoramento da Epagri, em Santa Catarina, a presença da cigarrinha no milho cresceu 65% em apenas duas semanas, evidenciando o risco de infestações em larga escala.
Para proteger a produção e evitar grandes prejuízos, é essencial conhecer as características desse inseto, os danos que ele pode causar e as melhores estratégias de controle.
A seguir, confira tudo o que você precisa saber sobre essa praga do milho e como combatê-la de forma eficaz.
Cigarrinha do milho: o que é e quais os riscos?
A cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) é um inseto sugador que se alimenta da seiva das plantas, comprometendo seu desenvolvimento.
Além dos danos diretos, esse pequeno vetor é responsável pela transmissão dos agentes causadores dos enfezamentos do milho, doenças que podem levar à perda total da lavoura.
Esse inseto tem alta taxa de reprodução e se movimenta facilmente entre diferentes lavouras, especialmente quando há milho em diversos estágios de desenvolvimento na mesma região.
Como ele se aloja no dossel das plantas e se movimenta rapidamente, o controle químico se torna mais desafiador, exigindo uma estratégia de manejo bem planejada.
De acordo com dados da Epagri, a incidência da cigarrinha no milho tem crescido de forma preocupante, principalmente em períodos quentes e úmidos. Esse cenário exige atenção dos produtores para evitar infestações que comprometam a safra e causar grandes prejuízos econômicos.
Como é a cigarrinha do milho?
Difícil de ser detectado a olho nu, esse inseto mede cerca de 0,5 cm e apresenta coloração branco-palha. Seu hábito de se esconder no cartucho do milho e sua rápida movimentação dificultam a identificação no campo.
As fêmeas colocam ovos quase invisíveis na nervura central das folhas jovens. Quando eclodem, surgem as ninfas da cigarrinha, de tom amarelo-claro, que vivem em grupos até atingirem a fase adulta.
Nessa etapa, o inseto já pode transmitir os agentes do enfezamento do milho, tornando-se um risco contínuo para a lavoura.
Conheça o ciclo de vida da cigarrinha do milho:
Principais danos que ela causa
Compreender a cigarrinha do milho é somente o primeiro passo. É fundamental também conhecer os danos que sua infestação pode causar à lavoura.
A seguir, destacamos os principais impactos diretos e indiretos dessa praga do milho na produtividade e na qualidade da safra.
Transmissão dos enfezamentos do milho
Ao se alimentar da seiva de uma planta contaminada, a cigarrinha adquire os patógenos causadores do enfezamento do milho. Esses microrganismos se multiplicam em seu organismo e, ao migrar para outras lavouras, o inseto transmite a doença para plantas saudáveis.
Os sintomas do enfezamento vermelho do milho e do enfezamento-pálido incluem folhas descoloridas, crescimento reduzido, menor formação de espigas e falhas na granação. Quanto mais cedo ocorre a infecção, maiores são os danos, podendo levar à perda total da lavoura.
Redução da produtividade da lavoura
A sucção contínua da seiva enfraquece o sistema vascular da planta, dificultando o transporte de nutrientes e comprometendo seu desenvolvimento. Espigas menores, menor peso dos grãos e redução da taxa de germinação são algumas das consequências diretas da infestação.
Além dos danos estruturais, plantas afetadas pelos enfezamentos ficam mais vulneráveis a estresses ambientais e outras doenças. O impacto ainda reduz a qualidade da produção e afeta diretamente a rentabilidade do produtor.
Aumento de perdas
O crescimento descontrolado da cigarrinha no milho pode agravar os prejuízos na lavoura. A migração constante desse inseto entre diferentes estágios da cultura favorece a disseminação da doença e dificulta o controle da praga.
Sem medidas preventivas eficazes, a infestação pode comprometer boa parte da produção. Em regiões onde os enfezamentos são recorrentes, a falta de manejo adequado pode significar perdas econômicas severas, tornando o plantio de milho inviável a longo prazo.
Como evitar a cigarrinha do milho?
A prevenção é a melhor estratégia para evitar infestações e reduzir os impactos dessa praga. Confira abaixo algumas práticas que podem ajudar a manter a lavoura protegida, diminuindo a população da cigarrinha e dificultando sua disseminação.
Monitoramento e identificação precoce
Observar a lavoura desde os primeiros estágios de desenvolvimento é muito importante para detectar precocemente a presença da cigarrinha do milho.
Isso porque inspeções frequentes ajudam a identificar tanto os insetos quanto os primeiros sinais de enfezamento do milho, permitindo uma resposta rápida e eficaz.
Além da observação em campo, armadilhas adesivas e tecnologias agrícolas, como drones e imagens de satélite, auxiliam no monitoramento da infestação. Essas ferramentas ajudam a mapear a distribuição da praga, facilitando a tomada de decisões no manejo da lavoura.
Eliminação de plantas tigueras
Plantas remanescentes de colheitas anteriores, conhecidas como milho tiguera, favorecem a sobrevivência da cigarrinha entre as safras. Essas plantas servem como abrigo e fonte de alimento, mantendo ativas as populações do inseto e dos patógenos causadores dos enfezamentos.
A erradicação do milho guaxo antes do plantio reduz significativamente o risco de infestações. A limpeza da área de cultivo deve ser realizada com antecedência, evitando que o inseto encontre condições ideais para se multiplicar e continuar afetando a lavoura.
Qual o melhor inseticida para a cigarrinha do milho?
O controle químico é uma das estratégias mais eficazes para reduzir a população da cigarrinha do milho e minimizar os riscos de infestações severas. No entanto, escolher um inseticida adequado faz toda a diferença na proteção da lavoura e na garantia de uma safra mais produtiva.
A Alta Defensivos oferece soluções eficientes para o combate dessa praga do milho, com produtos formulados para agir diretamente no inseto e minimizar os danos causados pelos enfezamentos.
O uso correto dos defensivos agrícolas dentro de um Manejo Integrado de Pragas (MIP) potencializa os resultados e assegura um melhor desenvolvimento das plantas.
Os benefícios de utilizar um inseticida de alta qualidade incluem:
- Ação eficaz no controle da praga: produtos formulados para eliminar ninfas e adultos da cigarrinha, reduzindo sua população antes que a transmissão dos patógenos ocorra;
- Proteção prolongada: defensivos com efeito residual garantem maior tempo de controle, minimizando novas infestações;
- Segurança para a lavoura: inseticidas seletivos atuam sobre a cigarrinha sem comprometer inimigos naturais e outros organismos benéficos;
- Maior produtividade: com a redução das infestações, a planta cresce de forma saudável, evitando perdas e garantindo melhor qualidade dos grãos;
- Facilidade na aplicação: produtos modernos permitem um controle mais eficiente, com melhor aderência e resistência à lavagem pela chuva.
A escolha do melhor inseticida para a cigarrinha do milho deve levar em conta fatores como estágio da cultura, nível de infestação e condições climáticas. Para garantir o máximo desempenho no controle dessa praga, conheça os produtos da Alta Defensivos e proteja sua lavoura com tecnologia e eficiência.
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