O que é e como funciona um adjuvante agrícola?

Quem trabalha com aplicação de defensivos já se deparou com a seguinte dúvida: por que, mesmo seguindo as recomendações, alguns produtos não apresentam o efeito esperado? A resposta pode estar na ausência de um bom adjuvante agrícola. 

Sem ele, é comum ocorrerem perdas por deriva, escorrimento ou baixa absorção dos princípios ativos, comprometendo o controle de pragas e doenças. E essa dificuldade é mais comum do que parece. Muitos produtores ainda não conhecem todos os produtos necessários para realizar uma aplicação eficiente e segura. 

Neste artigo, você vai entender o que é um adjuvante agrícola, para que serve, conhecer os principais tipos disponíveis no mercado e aprender como escolher o mais adequado para a sua necessidade. Acompanhe a leitura até o final!

O que é adjuvante agrícola?

Adjuvante agrícola é uma substância adicionada às caldas de defensivos — como herbicidas, fungicidas e inseticidas — para melhorar a eficácia da aplicação. Esses produtos não possuem ação fitossanitária direta, mas modificam características físicas ou químicas da mistura, potencializando o desempenho dos ingredientes ativos.

O uso de adjuvantes permite, por exemplo, melhorar a cobertura foliar, aumentar a penetração do defensivo, reduzir a evaporação e minimizar a formação de espuma. Eles atuam como aliados no processo de pulverização para o produto chegar corretamente ao alvo.

Como funcionam os adjuvantes agrícolas?

Os adjuvantes modificam a interação entre a calda e a planta ou entre os próprios componentes da mistura. Há adjuvantes que atuam diretamente na superfície das folhas, aumentando o tempo de permanência das gotas e favorecendo a absorção dos defensivos. Outros reduzem a tensão superficial da calda, melhorando o espalhamento e a cobertura.

Alguns ainda atuam sobre a qualidade da água usada na pulverização, corrigindo o pH ou neutralizando sais que interferem na estabilidade dos ingredientes ativos. Também há adjuvantes específicos para evitar a deriva, ou seja, a perda do produto para fora da área-alvo.

Com base em sua ação, os adjuvantes são classificados como ativadores (que aumentam a atividade dos produtos) ou modificadores de calda (que alteram as propriedades da mistura). Essa diferenciação é importante para a escolha correta do produto.

Quais são os benefícios de usar adjuvantes agrícolas?

O uso de adjuvantes agrícolas traz uma série de vantagens relacionadas à eficiência operacional e aos melhores resultados no campo. Além de reduzir perdas e desperdícios, esses produtos otimizam o uso de insumos e contribuem para práticas agrícolas mais sustentáveis.

Confira os principais benefícios dos adjuvantes agrícolas:

• Aumentam a eficácia dos defensivos agrícolas;
• Melhoram a absorção de produtos pelas folhas;
• Reduzem perdas por escorrimento ou evaporação;
• Evitam a formação de espuma nas caldas;
• Aumentam a cobertura foliar;
• Corrigem o pH e a dureza da água;
• Reduzem a deriva e aumentam a segurança ambiental.

Conheça as classificações dos adjuvantes 

Os adjuvantes agrícolas podem ser divididos em dois grandes grupos: surfactantes e aditivos. Cada categoria tem diferentes características e recomendações para a aplicação, como você verá com mais detalhes nos tópicos a seguir.

Surfactantes

Os surfactantes são adjuvantes que alteram a tensão superficial da calda de pulverização, facilitando a interação entre a gota e a superfície da planta. 

Esses produtos melhoram a distribuição do defensivo sobre a folha e favorecem a penetração do ingrediente ativo, principalmente em plantas com superfícies cerosas ou pilosas, que dificultam a adesão da calda. 

Os adjuvantes surfactantes são classificados em diferente tipos, cada um com funções específicas, como você verá a seguir: 

Molhantes

Os molhantes, também chamados de umectantes, mantêm a gota úmida por mais tempo sobre a superfície foliar, o que é especialmente importante em regiões com baixa umidade e altas temperaturas, devido à rapidez da evaporação.

Como a calda demora mais a secar, a planta absorve mais princípios ativos. Eles são indicados principalmente para defensivos que exigem contato mais prolongado com o tecido vegetal para agir com eficiência.

Detergentes

As impurezas na superfície das folhas impedem o contato do defensivo com a planta e reduzem a eficácia da aplicação. 

Os detergentes removem poeira e resíduos, além de ajudar a uniformizar a calda para evitar a formação de gotas grandes e melhorar o desempenho da pulverização. Eles são recomendados para uso em áreas com alto acúmulo de poeira ou materiais orgânicos.

Espalhantes

Os espalhantes reduzem o ângulo de contato entre a gota e a superfície foliar, fazendo com que a calda se espalhe de modo uniforme. Com isso, eles aumentam a área de cobertura do defensivo, o que é indispensável para produtos de contato.

Esse tipo de adjuvante é indicado para herbicidas e fungicidas que precisam atingir toda a superfície da planta. Quanto maior a área coberta, maior a eficiência do controle de pragas, doenças ou plantas daninhas.

Aderentes

Os adjuvantes aderentes têm a função de manter o produto em contato com a planta por mais tempo, mesmo em condições de chuva ou irrigação. Eles reduzem o escorrimento e auxiliam na fixação da calda sobre as folhas.

São indicados em regiões com alta precipitação ou em culturas que recebem irrigação frequente, além de contribuírem para aumentar o tempo de ação dos defensivos, melhorando o desempenho mesmo após chuvas leves.

Dispersantes

Os dispersantes distribuem os ingredientes da calda e reduzem a aglomeração de partículas ou a formação de precipitados. São indicados para misturas contendo múltiplos produtos porque aumentam a compatibilidade entre os componentes.

A ação dos dispersantes previne entupimentos no bico do pulverizador e promove uma aplicação mais homogênea na pulverização de grandes áreas.

Aditivos

Os aditivos são substâncias que atuam diretamente sobre a cutícula das plantas, facilitando a entrada dos ingredientes ativos. Eles aumentam a permeabilidade da folha e, consequentemente, a absorção do produto aplicado.

Também podem atuar como condicionadores de calda para corrigir problemas relacionados à qualidade da água usada na mistura, como excesso de sais ou pH inadequado. É o caso dos óleos, que você verá com mais detalhes agora! 

Óleos

Os adjuvantes aditivos à base de óleo (minerais ou vegetais) dissolvem os componentes da cutícula vegetal para promover a penetração dos defensivos, principalmente herbicidas lipossolúveis. 

Eles também ajudam a reduzir a deriva, melhoram a aderência e retardam a evaporação da gota. Por isso, são adequados para ambientes de baixa umidade ou em aplicações de dessecação.

Quando usar e como aplicar um adjuvante agrícola?

Os adjuvantes devem ser usados sempre que o objetivo for melhorar a qualidade da pulverização e assegurar que o defensivo atinja seu alvo com eficiência. 

O momento ideal de aplicação, bem como o tipo de adjuvante, devem ser definidos com base no defensivo utilizado, tipo de cultura, condições climáticas e qualidade da água.

Veja o passo a passo para a aplicação de adjuvantes agrícolas:

• Leia a bula do defensivo para verificar se há recomendação de adjuvante;
• Verifique a qualidade da água (pH, presença de sais, dureza);
• Selecione o adjuvante mais adequado ao tipo de defensivo e à condição da lavoura;
• Adicione o adjuvante ao tanque de pulverização antes do defensivo, conforme as instruções;
• Agite bem para que a calda fique homogênea;
• Realize a aplicação conforme as boas práticas agrícolas.

O uso correto do adjuvante contribui diretamente para o sucesso do manejo, evitando desperdícios.

O que levar em consideração na hora de escolher um adjuvante?

A escolha do adjuvante ideal depende de alguns fatores que precisam ser avaliados com foco na efetividade da aplicação e na segurança da lavoura. 

Um adjuvante mal selecionado pode comprometer o desempenho do defensivo, aumentar os custos e até causar fitotoxicidade nas plantas. Por isso, é necessário conhecer o contexto da aplicação para tomar a melhor decisão.

Saiba o que você deve considerar:

• Tipo de defensivo (herbicida, fungicida ou inseticida): cada produto exige um tipo de ação diferente;
• Forma de ação do defensivo (sistêmico ou de contato): defensivos de contato precisam se manter na superfície da planta, exigindo espalhantes, aderentes ou molhantes. Já os sistêmicos necessitam de adjuvantes que favoreçam a penetração do ingrediente ativo nas plantas;
• Tipo de cultura e estágio fenológico: cada planta tem características próprias em relação à cutícula, formato e textura das folhas. O estágio de desenvolvimento também exige cuidados distintos na escolha do adjuvante, principalmente em fases mais delicadas;
• Condições ambientais (temperatura, umidade, vento): o clima interfere diretamente na eficiência da pulverização. Em temperaturas elevadas e baixa umidade, por exemplo, o uso de umectantes evita a evaporação precoce das gotas;
• Qualidade da água utilizada na calda: águas duras, com excesso de sais ou pH inadequado comprometem a estabilidade dos produtos. Nesses casos, adjuvantes condicionadores e reguladores de pH são indispensáveis;
• Presença de chuvas ou irrigação na área: em regiões ou períodos com maior volume de chuvas, é importante escolher adjuvantes aderentes, que ofereçam resistência à lavagem, mantendo o produto na folha por mais tempo;
• Recomendação técnica do agrônomo responsável: além dos fatores acima, é importante ter o apoio de um profissional qualificado, que conheça as necessidades da cultura, os produtos utilizados e as condições específicas da propriedade.

Cada situação exige uma abordagem técnica própria, e o uso de adjuvantes deve ser feito com conhecimento e responsabilidade. Quando bem selecionado, o produto maximiza o efeito dos defensivos, gerando maior retorno sobre o investimento.

Conheça o Altris, o adjuvante da Alta para herbicidas, inseticidas e fungicidas

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Altris é indicado para herbicidas, inseticidas e fungicidas, oferece ação antideriva, espalhante, penetrante, redutor de pH, adesivo e condicionador de calda. 

Sua formulação completa promove maior cobertura, absorção e fixação dos produtos, além de otimizar a aplicação e proteger o meio ambiente.

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