Abelhas na agricultura: como equilibrar o manejo de culturas e a proteção

Abelhas na agricultura

Você, como agricultor, já parou para pensar na importância das abelhas na agricultura? Esses pequenos insetos, muitas vezes vistos apenas como produtores de mel, têm um papel importante na produção de alimentos e no equilíbrio dos ecossistemas.

Sem elas, grande parte das culturas agrícolas teria uma queda significativa na produtividade. O Dia Mundial das Abelhas, celebrado em 20 de maio, é um convite para refletir sobre essa contribuição silenciosa, mas indispensável.

Em um cenário onde o uso de defensivos agrícolas é necessário para o controle de pragas, a convivência harmônica entre lavoura e polinizadores se torna um desafio e também uma oportunidade.

Neste artigo, você vai entender por que as abelhas são tão importantes para o campo, quais os riscos que elas enfrentam e como é possível protegê-las sem comprometer a produtividade da lavoura.

Por que as abelhas são tão importantes para a agricultura?

As abelhas têm uma função muito importante nas lavouras, a polinização, processo que permite a reprodução da maioria das plantas cultivadas.

Ao visitar as flores em busca de néctar e pólen, as abelhas transportam os grãos de pólen de uma flor para outra, possibilitando a fecundação e a formação de frutos e sementes.

Dessa forma, segundo dados da National Geographic Brasil, mais de 70% das culturas agrícolas do mundo dependem da polinização animal para manter seus níveis de produção

Entre os principais polinizadores, as abelhas se destacam pela eficiência e frequência com que visitam as flores. Elas são responsáveis por aumentar em até 30% a produtividade de cultivos como maçã, café e soja.

No Brasil, destacam-se espécies como a abelha africanizada, amplamente utilizada na apicultura, e várias espécies nativas sem ferrão, como jataí, mandaçaia e uruçu. 

Cada uma dessas abelhas contribui de forma específica e complementar para a polinização, seja em grandes lavouras, em cultivos protegidos ou em áreas de vegetação nativa próximas às plantações.

Confira as principais abelhas presentes nos cultivos brasileiros:

Os riscos que as abelhas enfrentam no campo

Mesmo sendo essenciais para a produtividade agrícola, as abelhas têm enfrentado desafios que comprometem sua presença nas lavouras. A convivência entre produção e polinizadores pode ser afetada por diferentes fatores, entre eles:

  • Perda de habitat, com a redução de áreas de vegetação nativa;
  • Mudanças climáticas, que alteram padrões de floradas e comportamento dos polinizadores;
  • Aplicação incorreta de defensivos, como uso em horários inadequados ou sem recomendação técnica.

É importante reforçar que os defensivos não são o problema em si. O risco está no uso sem orientação. Com boas práticas e apoio técnico, é possível proteger as culturas sem comprometer os polinizadores.

É possível manejar pragas sem prejudicar as abelhas?

O avanço da tecnologia tem permitido que a agricultura evolua com mais responsabilidade ambiental. Hoje, já existem produtos desenvolvidos com formulações modernas que buscam minimizar o impacto sobre organismos não-alvo, como as abelhas.

É o caso das soluções da Alta, que combinam eficiência agronômica com menor risco ambiental quando utilizadas corretamente.

Além disso, o Manejo Integrado de Pragas (MIP) tem se consolidado como uma prática eficaz para proteger as lavouras com equilíbrio. Essa estratégia une diferentes táticas de controle, como:

  • Monitoramento da lavoura: acompanhamento regular da presença e do nível de infestação das pragas, permitindo a tomada de decisão baseada em dados;
  • Controle biológico: uso de inimigos naturais, como insetos predadores e parasitoides, que atuam sobre as pragas sem afetar as abelhas;
  • Uso de armadilhas e cultivos alternativos: técnicas que ajudam a reduzir a população de pragas de forma localizada;
  • Aplicação de defensivos seletivos: produtos com menor impacto sobre polinizadores, aplicados somente quando o nível de dano justifica a intervenção.

O MIP promove o uso racional e estratégico dos defensivos, com foco na necessidade real de aplicação. Isso reduz o volume de produtos usados e amplia a segurança para os polinizadores, além de contribuir para a sustentabilidade do sistema produtivo.

Como aplicar defensivos de forma segura para os polinizadores?

Como dito, a presença de abelhas na agricultura exige atenção redobrada durante o uso de defensivos. A aplicação segura desses produtos depende de planejamento, conhecimento técnico e respeito às recomendações específicas para cada produto e cultura.

O objetivo é reduzir ao máximo a exposição dos polinizadores sem comprometer o controle das pragas. Algumas boas práticas já consolidadas entre técnicos e pesquisadores incluem:

  • Respeitar os horários de menor atividade das abelhas, evitando aplicações entre 8h e 15h, quando o forrageamento é mais intenso;
  • Realizar a aplicação preferencialmente no final da tarde ou início da manhã, em condições de temperatura mais amena e com menos vento, para evitar deriva;
  • Escolher produtos seletivos e com menor toxicidade para abelhas, conforme indicado nos rótulos e bulas autorizados pelos órgãos reguladores;
  • Calibrar corretamente os equipamentos de pulverização, para que o produto atinja o alvo com eficiência e sem desperdício;
  • Evitar a aplicação em dias de vento forte ou alta umidade relativa do ar, condições que aumentam o risco de contaminação de áreas fora do alvo;
  • Seguir rigorosamente as orientações técnicas e a recomendação agronômica, respeitando as doses, intervalos e métodos indicados.

O diálogo entre agricultores, técnicos e apicultores locais pode contribuir para o planejamento conjunto das aplicações, protegendo as áreas de maior atividade das abelhas.

Dessa forma, o uso responsável dos defensivos agrícolas, aliado ao manejo integrado de pragas, reforça a possibilidade de manter a produtividade e a presença de polinizadores no campo, promovendo uma agricultura mais eficiente e ambientalmente equilibrada.

O compromisso da Alta com a agricultura sustentável

Ao longo deste artigo, ficou evidente que buscar o equilíbrio entre produtividade e preservação ambiental é uma necessidade cada vez mais presente no campo.

A Alta Defensivos atua com esse foco, apoiando o produtor na adoção de práticas que aliem desempenho agronômico e responsabilidade no uso dos recursos.

Com tecnologias desenvolvidas para o controle eficiente de pragas, os produtos, quando utilizados conforme orientação técnica, contribuem para a redução de impactos sobre os polinizadores e outros organismos benéficos.

O objetivo é oferecer soluções eficazes, integradas ao manejo e alinhadas às boas práticas agrícolas.

Esse compromisso está presente também na seleção de fornecedores, na conformidade com normas ambientais e no incentivo à sustentabilidade em toda a cadeia. Acreditamos que produzir com responsabilidade é o caminho para fortalecer o campo e proteger o futuro da agricultura.

Conheça as soluções da Alta para uma agricultura mais eficiente e consciente.

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