Saiba o que é acaricida e confira dicas para aproveitar todo o potencial deste defensivo

Na rotina da lavoura, lidar com pragas é um desafio constante. Entre as que mais afetam a produtividade, os ácaros se destacam pela dificuldade de detecção e pelos danos que causam em diferentes culturas. Por isso, contar com um bom acaricida é indispensável.
Contudo, para que o uso desse defensivo seja realmente eficiente, é necessário conhecer mais do que apenas a praga. Entender o momento certo de aplicação, os cuidados com o ambiente e o estágio da cultura fazem toda a diferença nos resultados do manejo.
Para ajudar nesse processo, preparamos um conteúdo completo sobre o que é acaricida, como aplicá-lo corretamente e quais práticas podem potencializar seus resultados no controle dos ácaros.
O que é acaricida e qual a sua função?
O acaricida é um defensivo agrícola desenvolvido para controlar ácaros que atacam as plantas. Esses organismos pertencem à classe dos aracnídeos e, mesmo em pequenas populações, podem causar danos severos em folhas, frutos e ramos, comprometendo a produtividade da lavoura.
O produto age de forma específica, atingindo diferentes estágios do ciclo de vida da praga. Alguns acaricidas têm ação sobre ovos, enquanto outros são mais eficazes contra formas jovens ou adultas.
A escolha correta do produto, considerando o tipo de ácaro presente e seu estágio de desenvolvimento, é fundamental para a eficácia do controle.
Ao contrário de outros defensivos agrícolas, como fungicidas, herbicidas e inseticidas, o acaricida é voltado exclusivamente para o controle de ácaros. Veja a diferença entre eles:
Tipo de defensivo | Praga alvo | Exemplo de ação |
Acaricida | Ácaros | Controle de ácaro-rajado em culturas de soja. |
Inseticida | Insetos | Controle de percevejos, lagartas e moscas. |
Fungicida | Fungos | Controle de ferrugens, oídio e míldio. |
Herbicida | Plantas daninhas | Controle de buva, capim-amargoso e outras invasoras. |
Quais são os principais tipos de ácaros que atacam as lavouras?
Os ácaros fitófagos são pragas que se alimentam diretamente das plantas. Apesar do tamanho microscópico, causam prejuízos nas lavouras, como manchas, deformações, perda de folhas e frutos.
Entre as espécies mais comuns, destacam-se:
- Ácaro-rajado (Tetranychus urticae): presente em culturas como soja, feijão, tomate, milho, morango e frutas cítricas. Causa manchas amareladas, teias e enfraquecimento das plantas;
- Ácaro-vermelho (Tetranychus ludeni): frequente em algodão, soja e café. Provoca folhas bronzeadas e ressecadas;
- Ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus): ataca abacaxi, pimentão, batata, tomate e cacau. Danifica folhas novas e brotos, gerando deformações;
- Ácaro-purpúreo (Panonychus citri): típico dos citros. Provoca mosqueamento das folhas e queda precoce;
- Ácaro-da-leprose (Brevipalpus phoenicis): transmissor da leprose dos citros. Causa manchas marrons em folhas, ramos e frutos;
- Ácaro-da-falsa ferrugem (Phyllocoptruta oleivora): também comum em citros. Escurece a casca dos frutos, reduzindo sua qualidade comercial;
- Ácaro-da-necrose-do-coqueiro (Eriophyes guerreronis): afeta coqueiros. Provoca necrose nos frutos jovens, prejudicando o desenvolvimento.
Quando e como aplicar o acaricida?
A janela de aplicação do acaricida varia conforme a cultura e o nível de infestação. O controle deve começar logo nos primeiros sinais da praga, antes que a população de ácaros ultrapasse o nível de dano econômico.
A aplicação costuma ser mais sensível e estratégica em determinados momentos do ciclo da cultura, como:
- Durante o crescimento vegetativo, quando as folhas jovens são mais suscetíveis;
- No início da frutificação ou do enchimento de grãos, fases críticas para a produtividade.
Para que o acaricida tenha o melhor desempenho, também é necessário observar as condições ambientais no momento da aplicação. Recomenda-se:
- Aplicar em dias com temperatura entre 20 °C e 28 °C;
- Manter a umidade relativa acima de 60%;
- Evitar ventos acima de 10 km/h para reduzir perdas por deriva;
- Não aplicar em períodos com previsão de chuva nas próximas horas.
Outro fator decisivo é o monitoramento frequente da lavoura. A prática permite identificar o momento exato de intervenção, evitando aplicações desnecessárias e preservando inimigos naturais.
Isso está diretamente ligado ao MIP (Manejo Integrado de Pragas), que orienta o uso racional de defensivos e favorece um controle mais sustentável.
Dicas para aproveitar o máximo do potencial do acaricida
Para alcançar bons resultados no campo, é preciso adotar um conjunto de boas práticas na aplicação e no manejo da lavoura. E isso vai além da escolha do acaricida certo:
- Faça a calibração correta dos equipamentos: assim, o produto é aplicado na dose recomendada e com distribuição uniforme sobre a área tratada;
- Respeite o volume de calda indicado para a cultura: cada lavoura exige uma cobertura específica para o produto alcançar os pontos de maior incidência da praga;
- Observe as condições climáticas antes da aplicação: dias com temperatura amena, alta umidade relativa e baixa velocidade do vento favorecem a eficácia do produto.
Além das boas práticas operacionais, é importante que o acaricida seja inserido em um programa mais amplo de controle. O uso isolado e repetido do mesmo produto pode favorecer a resistência dos ácaros.
Para evitar esse problema, recomenda-se:
- Combinar o acaricida com outras estratégias de manejo, como controle biológico, práticas culturais e eliminação de plantas hospedeiras;
- Realizar a rotação de ingredientes ativos com diferentes modos de ação, evitando o uso contínuo de produtos com o mesmo mecanismo.
Tecnologia a favor do campo: Vilora como aliado no seu manejo
No controle de ácaros, contar com soluções modernas faz diferença na produtividade e na sustentabilidade da lavoura. É com esse foco que a Alta Defensivos desenvolveu o Vilora, um acaricida de longo residual indicado para culturas como café, frutas cítricas e coco.
Sua formulação é baseada no ingrediente ativo espirodiclofeno, conhecido pela eficácia no controle de espécies como:
- Ácaro-da-leprose;
- Ácaro-da-falsa ferrugem;
- Ácaro-vermelho;
- Ácaro-purpúreo;
- Ácaro-branco;
- Ácaro-da-necrose-do-coqueiro.
O Vilora atua de forma seletiva, preservando inimigos naturais e contribuindo para o equilíbrio biológico da lavoura. Isso permite um manejo mais eficiente, com menor impacto ambiental e melhor custo-benefício para o produtor.
Acesse a página para saber mais sobre o Vilora e como ele pode ser aplicado na sua lavoura.
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